Wednesday, December 27, 2017

Expresso Hogwarts - Baile de Aniversário - 3 anos

Expresso Hogwarts - Especial de Aniversário
3 Anos




Happy Birthday, Expresso Hogwarts!
O Grande Baile


**Clique na imagem para vê-la ampliada**

O amplo salão de festa estava decorado do teto ao chão com balões coloridos. Eram as cores das quatro casas de Hogwarts, às quais os homenageados pertenciam. A trupe formada pelos integrantes do Expresso Hogwarts foi atravessando aos poucos o imenso arco de carvalho que recobria a entrada do recinto. Era notório que todos eles pareciam realmente felizes com a ocasião. Mesmo nas orbes azul meia-noite usualmente sérias de Adhara Ivory, um brilho discreto podia ser observado. Mas não era para menos, afinal, estavam comemorando 3 anos de existência. Três anos que estavam juntos, vivendo a sua história.

Nas mesas estrategicamente espalhadas pelo lugar, rostos conhecidos podiam ser vistos. Todo o vasto elenco de personagens secundárias do blog, alguns convidados de outros sítios virtuais, e mesmo alguns personagens emprestados dos livros originais, cuja presença ocasional abrilhantava as fics do Expresso.

- Não sabia que estava em um blog tão, tão grandioso. - Sam cochichou para Darien - Acabei de entrar e já participo de festas assim...

Um pouco mais atrás, um jovem alto passava nervosamente as grandes mãos em seus cabelos de fogo.

- Raven, tem certeza de que esse terno está bom? Me sinto um pingüim!

- Calma, Luke, calma. Isso não é um terno, é um fraque, e você está ótimo. Se for te ajudar, pense que eu estou vestida de batata-doce, ok? - comentou a menina, risonha, referindo-se à cor de seu vestido.

- E a valsa, como é que nós vamos fazer?... Você sabe que eu não sei valsar direito.

- Esquenta não, ruivo, daremos um jeito. Eu vou levando você até que pegue o jeito, depois você assume o comando. Pode ser?

O ruivo meneou a cabeça em assentimento, sorrindo. E olhando novamente a si mesmo e à sonserina que o acompanhava, percebeu que, realmente, eles não faziam má figura. Não mesmo.

- Luke, me responda uma coisa aqui - comentou Raven, séria. - Você sabe por que diabos todo mundo tem mania de ficar olhando para nós e cochichar entre risinhos?

- Hum, não sei não, Raven... Sabe lá o que vai pela cabeça desse povo?...

O grupo parou no centro do salão. Nesse momento, a figura imponente do diretor surgiu sobre o palco improvisado onde a banda contratada para aquela noite - Morgana Bee and The Wild Pumpkins, do tio de Lorelai - se apresentaria. Dumbledore parou, sorrindo, no centro do palco. De braço dado a Herman, Mina remexeu-se, nervosa.

- Você está vendo onde foi nos meter? - ela perguntou, sentindo as palmas das mãos suadas.

O rapaz, embora mantivesse o semblante tranqüilo, apresentava uma interessante falta de cor no rosto, o que os trouxas usualmente classificariam como "cor de quem acaba de ver um fantasma".

- Eu não achava que ia sobrar pra gente quando dei a idéia das entrevistas e do baile. - ele resmungou de volta, enquanto o burburinho no salão cessava com um ligeiro movimento de Dumbledore.

- É, só que sobrou. Quem foi que teve a idéia de que somos "jornalistas desembaraçados"?

- Antes de qualquer coisa... - a voz do diretor ressoou pelas paredes do castelo, magicamente ampliada - Eu gostaria de desejar boa noite a todos os presentes. E, orgulhosamente, dar as boas-vindas à nossa festa. Ou melhor, dizendo, à festa desses brilhantes alunos aqui presentes.

Alguns dos membros do Expresso coraram, outros sorriram, satisfeitos. Yvaine, em particular, teve que dar um discreto beliscão em Satanio para que ele parasse de inchar o peito.

- Brilhantes, sim. - o diretor reforçou, sorrindo - Dedicados, esforçados, talentosos... Verdadeiros alunos de Hogwarts. E, mais importante de tudo, capazes de superar os preconceitos e sacrificar tudo em prol de suas amizades.

Dessa feita, foi a vez de Raven e Meri trocarem um breve olhar e um sorriso furtivo. Lucien apertou de leve a mão da ruiva, também recebendo um sorriso dela.

- Mas perdoem os devaneios de um velho... Fui convidado apenas para dar as boas-vindas e já estou tomando o lugar dos verdadeiros discursantes dessa noite de júbilo. Eu gostaria de chamar para o palco uma certa dupla dinâmica que, com pena e pergaminho, desafiaram os desmandos da professora Umbridge enquanto eu estive...

- Hum-hum.

Lorelai sentiu todos os olhares convergirem para ela e abaixou os olhos, sentindo as bochechas arderem, enquanto Isaac sorria de leve, braço dado a ela.

- Hã... Garganta seca, desculpe...

Alguns risos esparsos, e Dumbledore voltou a dominar a atenção do salão.

- Como eu ia dizendo, enquanto eu estive ocupado. Não apenas isso. Demonstrando uma coragem que poucos seriam capazes de arriscar, eles continuaram com seu desafio, enfrentando os tempos negros em que nosso mundo mergulhou. Assim, eu gostaria de chamar ao palco para discursarem o Mensageiro e a Domadora, Herman Mercury e Mina MacFusty.

Um foco de luz incidiu diretamente sobre os dois mencionados, ressaltando a extrema palidez do primeiro e o rubor da segunda. Limpando as mãos no vestido pela quinta vez consecutiva, Mina deu a mão a Herman, encaminhando-se para o palco.

- Você acha que existe algum risco deles terem um treco? - Sam perguntou baixinho para Lore, que estava na frente dela.

- Não sei quanto ao Mercury, mas a Mina vai acabar tendo um derrame se o sangue dela continuar a se concentrar nas orelhas... - Lore respondeu no mesmo tom.

- Só espero que a turma da enfermaria esteja a postos. - Isaac observou, acompanhando com o olhar o casal que agora subia ao palco.

Dumbledore cumprimentou os dois alunos com calorosos apertos de mão, convidando-os para um chá qualquer dia desses, antes de postar-se ao fundo do palco. Mina respirou fundo, tentando fazer sua circulação de sangue voltar ao normal, enquanto Herman assumia o centro das atenções.

- Bem, assim como nosso diretor, eu gostaria de desejar boa noite e boas-vindas a todos os nossos convidados e homenageados. - ele começou, a cor aos poucos voltando ao rosto - E é com muito orgulho que eu subo aqui para abrir essa festa, é com muito orgulho que eu venho aqui para falar de pessoas tão queridas e tão importantes na minha e na vida de todos que acompanham o Expresso.

Algumas palmas soaram na platéia, sendo os mais animados Satanio, Raven, Lore e Sam. O primeiro, principalmente, que soltava altos assobios, escapando por pouco dos cutucões de sua cabeça de berinjela.

- Pessoas que, aos poucos, tornaram-se parte de nossa própria família. - Mina sorriu, aproximando-se do amigo - Pessoas em quem aprendemos a confiar com o passar do tempo, que sofreram conosco e com quem sofremos, com quem dividimos nossas alegrias e até nossos segredos. Por isso, antes de mais nada, essa festa é uma celebração da amizade.

- Amizade independente de distâncias. - Herman continuou - Independente de idade, de crenças; independente do tempo. Aqui nós queremos homenagear cada um dos nossos queridos amigos... Meri, com sua disposição em ajudar, com sua responsabilidade às vezes exagerada, com seu jeito carinhoso...

- Raven, com seu bom humor, as palavras certas na hora certa, o auxílio aos chocólatras de plantão...

- Sel, com sua delicadeza, com sua candura e ingenuidade...

- Suzannah, a doce Su, dedicada, persistente...

- Adhara, a donzela de gelo, entretanto, gentil e divertida...

- Lore, com sua meiguice, seu riso e seu jeito sonhador...

- Sat, meio irresponsável, fonte de encrencas, mas em quem sempre se pode confiar...

- Sam, decidida, "gente que faz", com seu "buraco branco" sempre prestes a devorar o mundo com sua criatividade...

- Darien, nosso amigo romântico, às vezes exagerado, mas sempre pronto para outra...

- E, como esquecer... - Mina abriu mais o sorriso - Do meu caro companheiro, o Mensageiro, Herman, com sua coragem, suas palavras, sua timidez?

- Ou da nossa cara Domadora, com seu peculiar jeito meio feminista, meio moleca, sempre com o nariz enfiado em um livro? - ele também sorriu - É em homenagem a todos esses personagens e a todas as pessoas atrás desses personagens que abrimos agora nosso baile. Longa vida ao Expresso Hogwarts!

- E a todos aqueles que fazem do Expresso aquilo que ele é!

Uma salva de palmas e assobios saudou o final do discurso dos dois jovens. Herman pulou do palco para o chão, ajudando Mina a fazer os mesmo antes de conduzi-la até o centro do salão, para junto de seus outros companheiros. Nesse momento, os primeiros acordes de uma valsa começaram a tocar.

Quase imediatamente, os pares se aprumaram, começando a dançar. Numa mesa quase junto à pista de dança, Mathieu observava mal-humorado Julian com Adhara e Trowa com Suzannah. Julian, afoito como era, convidara a prima de Trowa antes que o amigo pensasse em fazer o mesmo. Adhara então pedira ao primo que acompanhasse a amiga, visto que Suzannah se recusara terminantemente a comparecer ao baile na companhia do noivo.

Ao lado deles, Lucien fazia uma pequena reverência, antes de enlaçar uma alegre Meridiana pela cintura. Satanio tentava incluir novos passos de dança no meio da tradicional valsa, ao que era repreendido, sem sucessos, por Yvaine, já que, ela mesma começava a rir das gracinhas do namorado. Já Luke e Raven pareciam um pouco indecisos sobre quem guiava quem, até que, depois de algumas tentativas, conseguiram finalmente acertar o compasso. Já Selune girava elegantemente nos braços de Tristan McCloud, o setimanista amigo de Yvaine, que a moça de cabelos lilases sugerira à francesa como par, uma vez que a loirinha não conseguira decidir quem poderia acompanhá-la. Sam parecia estar no céu por entre os braços de Darien, que valsava com destreza.

Enquanto isso, Lorelai se esforçava para acompanhar Isaac, que olhava de soslaio para Herman e Mina. Sorriu ao perceber que era a jovem MacFusty quem conduzia os dois pelo salão, uma vez que o rapaz mal conseguia tirar os olhos dos próprios pés. O corvinal meneou a cabeça, mostrando o casal à sua parceira de dança.

- Lorelai, você se importa de trocar de par?

Isaac não obteve nenhuma resposta. A garota com quem falava parecia sequer ter ouvido sua pergunta.

- Lorelai?

A grifinória, que até aquele instante estava perdida em seus pensamentos - ligeiramente chateada por perceber Harry Potter num dos cantos do salão, de mãos dadas com Ginny Weasley, perguntando-se o que ele vira naquela ruiva sem sal - voltou a atenção para o amigo.

- Hã? - perguntou, um tanto atordoada, a menina - Trocar o que aonde?

Ele apenas sorriu em resposta.

- Você se importa de trocar de par?

Lore observou-o, sorrindo sorrateira. Num instante esquecera a visão desagradável de momentos antes e já imaginava a cara da amiga ao ver o que o Cão de Guarda iria fazer.

- Claro que não me importo, vá em frente! - respondeu sorrindo abertamente, dando uma piscadela de olho para o corvinal.

Herman sentia-se ligeiramente constrangido com a valsa. Não chegava a ser um dançarino ruim, mas ainda assim não estava acostumado a dançar em pares. A verdade é que não estava acostumado a dançar de qualquer jeito que fosse. Sentia o estômago embrulhar ligeiramente, pois não queria pisar no pé de Mina e fazer um enorme papelão em uma festa tão importante para todos.

- Sabia que você olhando para os seus pés é mais difícil de dançar? - Mina perguntou, simpática.

Herman ergueu o rosto, dando um sorriso amarelo para a amiga. Já ia respondê-la quando sentiu um leve cutucão na altura do ombro. Mina arqueou a sobrancelha ao reconhecer Isaac e Lore, que dançavam devagar logo atrás deles.

- Belo discurso, Herman.

- Er... Obrigado...- respondeu o grifinório - Mas grande parte do mérito é da Mina também... E, AI!

Mina sentiu as bochechas esquentarem enquanto alguns dos amigos se voltavam para eles, tentando entender o que estava acontecendo.

- Desculpe. - ela pediu, baixinho, parando de dançar - Eu não consigo manter minha coordenação motora desse jeito. Ou danço, ou converso, não consigo fazer os dois.

- Bem, pelo menos você não dança o tempo todo com os dois pés esquerdos - disse Herman, tentando animar a amiga.

- Já que estamos nesse ponto, eu não me importaria de correr o risco de ser pisoteado por Milady. - Isaac observou, também parando de dançar - Mesmo porque, já estou um pouco acostumado com isso.

- Hei! O que você está querendo insinuar com isso? - Mina perguntou, colocando as mãos na cintura.

Lore abaixou a cabeça, meneando-a.

- Mina, olha o escândalo...

-Hum... Tudo bem trocarmos de pares. Se a McGuire quiser correr o risco, é claro. Afinal, talvez seja melhor que a Mina dance com alguém que a conduza e não o contrário.

Lorelai meneou a cabeça negativamente, olhando de esguelha para Cyan, mal contendo o riso. Sabia que depois da festa seu pescoço estaria seriamente ameaçado pela fúria da Domadora de Dragões.

- Não me importo, e também não acho que esteja correndo risco algum dançando com você, Mercury. - assentiu a garota, achando divertidíssimos os olhares raivosos de Mina MacFusty With Lasers mortais e perigosos fuzilando a amiga. - Risco maior estarei correndo depois que a festa acabar... Até lá, temos tempo para nos divertirmos.

Enquanto trocavam de pares, Mina resmungou entre os dentes, com o punho cerrado e o cenho franzido, ameaçando McGuire.

- Sua amiga da onça, você me paga! Eu vou, eu vou...

A grifinória mal teve tempo de empurrar os óculos de grau de volta para o lugar. Cyan já a arrastava pelo salão. O que não impediu Mina de continuar praguejando contra a amiga.

- Eu vou matar a Lore. E o Herman. E você também, Cão de Guarda! - ela observou, não se importando nem um pouco com o fato da ponta do seu salto ter acabado de espezinhar o sapato do rapaz - Vou cozinhar vocês em óleo fervente. Ah, se vou!

- Poupe seu fôlego, Mina. E a concentração, também. Eu pretendo ter meus pés inteiros depois da festa.

- E por que eu obedeceria à vossa senhoria, Cão de Guarda?

- Hum... Você prefere que eu pare de segurar você e deixe a gravidade fazer seu trabalho? Você só não caiu ainda porque eu não deixei. E tenho certeza que não gostaria que isso acontecesse na frente de seu avô e do famoso tio Godfrey, não é mesmo?

Ela revirou os olhos, focalizando-os na família.

- Dessa vez, você ganhou. Mas da próxima, vocês vão ver só.

Enquanto viam Mina e Isaac se afastarem cada vez mais para o centro do salão, Herman e Lorelai olhavam um para o outro, ligeiramente encabulados. Não se conheciam suficientemente bem; assim, o grifinório, timidamente, hesitava em se aproximar da moça. Não queria ser mal-interpretado pela quintanista.

Ela, por sua vez, não imaginava que ficaria tão enrubescida. Havia colocado a amiga na fogueira, mas por outro lado, percebia que também criara para si uma situação um tanto constrangedora, embora não imaginasse aquilo. Mercury era mais introvertido que o Cyan, logo conversava menos com ela e o seu agora par de valsa era inteligente, educado, gentil... Lorelai não gostaria de fazer papel de boba perante um sextanista que ela, apesar de conhecer pouco, respeitava e admirava pela competência e criatividade.

Herman percebeu que não apenas ele, mas Lorelai também estava um pouco envergonhada com a situação. Mas, ao mesmo tempo, sabia que não poderiam ficar ali, parados no meio do salão enquanto os demais homenageados valsavam com seus respectivos pares. Aproximou-se, delicadamente, da quintanista, dizendo, de modo educado e um pouco inseguro:

- Posso? - perguntou ele, levando a mão na direção da cintura de Lorelai.

A menina, completamente tomada por uma coloração rubra nas faces, assentiu silenciosamente. No instante seguinte, para a surpresa de Lorelai, os dois estavam rodopiando graciosamente pelo salão.

Tentando quebrar a barreira tímida que se instalara subitamente, McGuire fez uma observação que a princípio, pensou em não dizer. "Vai que eu seja mal interpretada...". Porém, era a mais pura verdade.

- Ora, ora, que risco estou correndo então? Você dança muito bem! - observava a menina enquanto suas bochechas rosavam mais que o habitual.

Um sorriso espontâneo surgiu nos lábios do rapaz sem que ele percebesse.

- Obrigado. Eu tomei algumas aulas com um amigo para o Baile de Inverno. Mas acho que o nervosismo da festa me fez esquecer disso... Pelo menos até agora. E você sabe como a Mina consegue ser meio intimidadora, às vezes... Sem perceber, acabei deixando ela me guiar. Além disso, o par ajuda - disse ele, tentando tornar mais confortável a situação para ele e Lorelai.

- Ahn... Obrigada... - disse McGuire quase sem emitir nenhum som, enquanto pensava consigo mesma onde poderia enfiar a cara naquele momento. - Eu sou uma jeca mesmo!

- O que disse?

Foi demais para a garota. Dessa vez ela não enrubesceu. Ficou roxa. Azul. Lilás. Queria ser um avestruz para poder cavar um buraco no chão e se esconder dentro dele.

- Nada, nada! - respondeu rindo como se nada estivesse acontecendo - Acho que pensei alto, foi só isso.

Herman olhou para a Lorelai com uma expressão de indagação, tinha quase certeza que ouvira a garota chamar a si mesma de jeca, mas refreou a curiosidade natural. Talvez o jeca da história fosse ele, talvez ele tivesse dito o que não devia. Como sempre, aliás. Era só ficar perto de uma garota bonita, com quem não tinha intimidade, que começava a enfiar os pés pelas mãos.

Por isso mesmo, nunca conseguira declarar seu amor para Selune. Olhou de soslaio para o centro da pista, onde a francesinha dançava graciosamente com Tristan McCloud.

- Tudo bem...- disse ele.- Vamos aproveitar a dança então...

Lorelai bateu os olhos castanhos numa dupla que agora entrava entre os aniversariantes, junto com os demais convidados da festa. A garota de cabelos ruivos cuidadosamente presos num coque no alto da cabeça valsava como se estivesse nas nuvens nos braços do namorado. McGuire soltou um suspiro resignado enquanto tentava desviar a atenção da colega de dormitório e do capitão do time da sua casa.

- Já estamos aproveitando, não? - retrucou a sugestão de Herman. - Vamos nos divertir.

Herman sorriu. Dando um rodopio com Lorelai em seus braços, pensou consigo mesmo que era bobagem ficar se remoendo em uma noite tão especial como aquela. Mais alguns giros, pontuados de alguns comentários entre ele e quintanista, e o grifinório começou a perceber que estava realmente se divertindo.

A cadência suave da valsa foi substituída por um ritmo mais pesado, seguido pelo comando do vocalista da banda:

- Hoje nós estamos aqui para entornar o caldeirão! Vamos fazer esse castelo tremer!

A música agitada invadiu completamente o salão, e os homenageados e convidados, começaram a pular no meio da pista. Herman soltou a cintura de Lorelai, segurando a mão dela, fez com que a menina girasse em torna de si mesma.

- Muito boa essa banda não? Idéia da Mina.

- Sim, também acho! - respondeu cheia de si - Mas eu gosto mesmo é do baterista!

- Ele é realmente muito bom, acho que talvez até melhor que o das Weird Sisters.

- Obrigada! - Lorelai disse de sopetão, deixando Herman sem entender o porquê do agradecimento.

- Hã...De nada - respondeu Herman, meio hesitante.

- Ah, desculpa, eu não te contei. - Lorelai falava ofegante, enquanto pulava, rodopiava e tentava tirar os sapatos de salto - Mark Cole, o baterista, é meu tio! Fui eu quem sugeri à Mina chamá-los.

Herman riu.

- Eu não sabia... Ele é muito bom mesmo.

Lorelai voltou novamente a sorrir, e sem comentar nada, deixou-se levar pela música, segurando a mão do rapaz, que a acompanhava seus passos animadamente.

Do outro lado do salão, Meridiana também dançava animadamente ao lado de Lucien. A ruivinha estava realmente feliz porque o "grande baile de debutantes de Expresso" estava sendo um sucesso. Não conseguia se lembrar de ter se divertido tanto assim em sua vida. O austríaco também estava satisfeito em ver a moça tão contente. Depois de uma seqüência de músicas, ele inclinou-se na direção de Meri:

- O que acha, fraulëin, de sairmos um pouco daqui? - perguntou ele, ao pé do ouvido da ruiva, para que pudesse se fazer escutar, dada a altura do som que preenchia o salão.

- O que você está pensando? - perguntou Meridiana.

- Um passeio nos jardins. A gente pega uma garrafa de champanhe, alguns aperitivos e fazemos um piquenique sob a luz do luar. Que acha? - disse ele, piscando seu olho azul para ela.

A moça sorriu. Era verdade que na cronologia normal do Expresso eles não haviam ainda se declarado um ao outro, tampouco se acertado. Mas ali, estavam em uma história em off. Passado, presente e futuro de suas tramas incompreensivelmente se confundiam em um momento totalmente atemporal naquela fic. Quando eles teriam novamente a oportunidade de curtirem um passeio sob o luar? Meridiana não respondeu ao rapaz, simplesmente o segurou pela mão, levando-o salão afora.

À saída, o casal passou pela mesa onde Adhara e Suzannah conversavam. As primas trocaram um breve aceno de cabeça enquanto Suzannah continuava a tamborilar os dedos sobre a mesa. Sentado no canto da mesa, Mathieu evitava olhar para a noiva, fingindo focar a atenção nos convidados que bailavam alegremente pela pista de dança. Trowa apenas observava silenciosamente a cena. Julian, por sua vez, conversava com a monitora-chefe, Guillyanne, que, estava vestida com um belo terninho de risca de giz, fazendo um contraste com a maioria das meninas do salão, enfurnadas em suntuosos vestidos de festa. Enquanto conversava com o rapaz de olhos dourados, Guill observava, pelo cantos dos olhos, a felicidade do amigo, You, que dançava com os demais, trazendo seu pequenino gato a tiracolo.

Friday night and the lights are low
Looking out for the place to go
Where they play the right music, getting in the swing
You come in to look for a king
Anybody could be that guy

Já do lado de fora, de mãos dadas, Meri e Lucien dançavam à luz do luar. Vários outros casais também tinham aproveitado a noite estrelada para passear do lado de fora do castelo, enquanto a música vinha alta do salão principal.

Night is young and the music's high
With a bit of rock music, everything is fine
You're in the mood for a dance
And when you get the chance...

Aos poucos, uma grande roda foi se formando no centro do salão. Mina voltara a se aproximar de Lorelai e Herman, também com as sandálias na mão. Logo atrás dela, vinham Isaac, Cecille e Heather. Pouco depois, foi a vez de Sam se juntar às companheiras quintanistas, segurando Darien firmemente pelo braço.

Não muito longe, Sel, Satanio e Raven conversavam com alguns dos ex-membros do Expresso que, muito embora tivessem deixado a companhia deles, não poderiam faltar naquela festa.

- Agora eu quero ver até os mortos do castelo dançar!

E foi a uma só voz que o salão recebeu o refrão da música...

You are the Dancing Queen, young and sweet, only seventeen
Dancing Queen, feel the beat from the tambourine (oo-hoo)
You can dance, you can Jive
having the time of your life
Oooohoo See that girl, watch that scene, dig in the Dancing Queen!!!


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Um miado baixo. Ele virou-se na cama, puxando a manta até o pescoço. Não queria ter que acordar. Estava tendo um sonho tão bom... E ali era tão quentinho, confortável... Nada de crianças barulhentas e mal educadas sujando tudo...

Ele sentiu um focinho gelado tocar sua testa. Fungou ainda um pouco antes de finalmente se dar por vencido. Abrindo os olhos, deparou-se com a face de Madame Nor-r-a. E, pela cara dela, ela não estava de bom humor.

- O que foi, querida? Está com fome? Alguém maltratou você?

A gata miou novamente em resposta ao dono. Filch levantou-se, resmungando. Mais um dia de trabalho. E trabalho duro. Especialmente para ele. Quem fora o idiota que inventara aquela história de baile?

Sem deixar de resmungar nem por um instante, ele seguiu com sua gata para os corredores de Hogwarts.

Nas masmorras, confetes e serpentinas, balões murchos, garrafas vazias... Algumas armaduras enferrujadas ainda cantavam sem ritmo algumas das canções que embalaram a festa. Subindo, deparou-se logo com os portões da escola entreabertos. Pelas janelas, podia relancear os olhos em alguns esparsos casais que tinham se decidido por passar a noite sob o céu estrelado.

Meridiana e Lucien eram um desses casais. A ruivinha dormia profundamente, deitada no colo do austríaco, que por sua vez, adormecera enquanto velava o sono dela, encostado à faia que tinham elegido como ponto de observação. Várias fadinhas observavam os dois dos galhos mais baixos da árvore, criando um estranho efeito visual com seus brilhos aumentados pelas gotas de orvalho que a madrugada trouxera.

Não muito longe do lago, a banda do tio de Lorelai acabava de guardar os instrumentos numa carruagem comum, preparando-se para deixar o castelo.

Continuando seu caminho, Filch não sabia se continuava a resmungar, amaldiçoando os alunos, ou se pranteava seus lamentos, em virtude da imensidão de sua faxina. "Daria qualquer coisa por um maldito aluno em detenção agora para ajudar na organização da zona que criaram" - o aborto ruminava entre os dentes enquanto observava o caos instalado onde antes era o Salão Principal reluzente. - "E esses elfos domésticos inúteis nem para sair da cozinha!". Copos quebrados aqui e ali juntavam-se aos restos de festa que já encontrara nas masmorras quando deixara seu quarto. Havia um cheiro forte de álcool pouco antes dele dobrar a esquina do corredor que levava ao Salão Principal.

Ali, às portas do grande salão, uma trupe de rapazes dividia uma última garrafa de whisky de fogo. Havia uma pilha fora do círculo em que eles estavam sentados e não era preciso ser um gênio para perceber o quanto eles estavam bêbados.

- Pois é...- começou Herman, abraçando Luke pelos ombros - eu sou um...uma toupeira...é isso que eu sou...Porque se eu não fosse assim, já tinha desencalhado...Só uma toupeira para continuar cinco anos apaixonado pela mesma pessoa e não fazer nada a respeito...

- Você não é uma topeira, Herman. O topeira aqui sou eu. Tinha uma namorada linda...E perdi ela assim - retrucou o ruivo lufano, tentando estalar os dedos, mas a coordenação motora já tinha ido passear no segundo gole que entornara.

Satanio só observava o vexame dos amigos. Mal conseguia conter o riso. Como o sonserino gostava de ver o circo pegar fogo e não tinha nada melhor para fazer depois que Yvaine decidira se recolher na torre da Grifinória, resolveu apreciar o espetáculo etílico.

- Topeiras vocês não são...Porque venhamos e convenhamos, topeiras são mais ativas que vocês. A única coisa que vocês têm em comum com os bichos é a cegueira! Com um monte de mulher interessante ao redor, preferem ficar reclamando do que não tem. Olha só o Herman, dança a noite inteira com a tchutchuquinha da McGuire e tá aí bolado. E o ruivo nem se fala. A Raven pode ser minha amiga, mas vamos combinar, tem uma belezura debaixo daqueles cabelos bagunçados! O que Satanio, o grande, tem que fazer para colocar vocês dois no caminho da boa vida?

- A gente não quer boa vida, Sat...A gente quer nossas musas. Só elas ou a morte! - disse Luke, se erguendo, braço para o alto como se estivesse prestes a desferir um golpe com uma espada imaginária.

Herman sacudiu a cabeça.

- Morte não, cara...Não precisa radicalizar...Celibato! - disse grifinório, resoluto- A gente vai para aqueles monastérios alquímicos e viramos eremitas...

Satanio começou a gargalhar, aquilo já estava ultrapassando o limite do nonsense.

- Isso, cara. A gente some no mundo...- concordou Hunter, entornando mais um pouco de bebida garganta abaixo - Aí elas vão sentir falta da gente...dar valor na gente...Você é um gênio, Herman. Sabia que eu te amo, cara? Amo você...Amo o Satanio...Amo esse copo aqui...Amo até o Filch que está chegando aqui com aquela gata linda que ele tem...

Filch parou diante deles, incerto entre expulsá-los dali aos gritos ou entrar de uma vez no salão, de onde agora vinham os acordes de uma música animada. O zelador estreitou os olhos. Acabara de ver a banda deixando os terrenos da escola. Não podia crer que ainda houvessem baderneiros esticando a festa.

"Finally it has happened to me right in front of my face
My feelings can't describe it
Finally it has happened to me right in front of my face and
I just can not hide it"

Ele deixou Madame Nor-r-a aos pés de Satanio, miando zangada, e voltou-se para a nova cena que se desenrolava aos seus olhos. Havia ainda umas poucas pessoas conversando no salão, mas quatro garotas em cima do palco pulavam, descalças, como se ainda estivessem a todo gás.

As músicas eram as perfeitas para final de festa. Lore, Mina, Sam e Heather pulavam no palco animadas. Desfazendo o penteado que já estava totalmente desarrumado, Sam deixou o cabelo cair para poder dançar mais solta as músicas, não ia se preocupar agora se estava bonita ou não, estava se divertindo. Heather ficara com elas para poder aproveitar mais a festa, já que o irmão não se encontrava em condições de mandá-la para cama cedo.

"Oh no not I, I will survive,
For as long as I know how to love I know I’ll stay alive,
I’ve got all my life to live, I’ve got all my love to give,
And I’ll survive, I will survive."

Lorelai arregaçara a cintura do longo vestido cor-de-rosa, para encurtar um pouco a saia. As flores que ornamentavam o cabelo da garota sabe Merlin onde foram parar. Continuava com as bochechas rosadas, os pés descalços sobre o chão de madeira parecia ter vida própria. E as mãos seguravam um microfone enquanto a menina dançava, pulava e entoava a canção, seguida pelas amigas Sam e Mina, que também seguravam microfones, fazendo o background improvisado da música. Elas riam como se não tivessem nada com o que se preocupar e dançavam coreografias que Mina normalmente se seguraria muito para fazer.

A domadora também já não se encontrava tão composta quanto no início da festa. Nem parecia a mesma pessoa que suara frio mais cedo, quando tivera que apresentar o discurso da festa ao lado de Herman. Os cabelos tinham escorrido pelos ombros, os óculos foram esquecidos junto às sandálias, já que pareciam querer criar vida própria a cada pulo que ela dava. Os pés doíam como nunca, mas ela não tinha a menor pretensão de parar.

Afinal, se está na chuva, é para se molhar. E, se estamos numa festa... É óbvio que é para dançar!

"Amanhã, quando estiver claro eu penso melhor nisso", Filch virou os olhos ao ver o movimento de braços e a quantidade de giros que elas faziam no palco, sacudiu o ombro e voltou a andar pelo castelo. Antes de sair viu ao canto uma jovem de cabelo negro sentada sozinha, "Estão cada dia mais estranhos... Uns pulam demais, outros assim..."

Raven olhou de longe o zelador observar com cara de poucos amigos as meninas dançando no centro do palco. Pensou por um momento em ir até lá para ver o que estava acontecendo, mas aquele cantinho do salão lhe parecia muito mais interessante.

Expostas em um mural estavam algumas fotos dos melhores momentos do Expresso durante os três anos de blog. E também, fotos em tamanho natural de algumas personagens que se destacaram na história durante esse tempo. Parou diante do seu sempre amado Senhor de Seu Coração.

Sim, para espanto de Raven, Severus viera ao baile. Ficara por muito pouco tempo, sempre com ar distante e aborrecido, como se não soubesse muito bem o que fazia ali. E, para deslumbramento da apaixonada jovem, o Senhor de Seu Coração comparecera à festa vestido exatamente como naquela vez em que os dois se encontraram por acaso nos corredores de Hoggy à noite, ela vindo da biblioteca, ele indo sabe Merlin para onde... Raven não pôde conter o suspiro ao vê-lo novamente de casaca, capa, cabelos esmeradamente penteados para trás, presos com uma fita de veludo negro; e, mais uma vez, o mesmo nome lhe escapou dos lábios, num murmúrio apaixonado: Heathcliff...*

Observando-lhe o retrato preso ao painel, Raven avaliava amorosamente os traços, os olhos, a pose, as mãos longas e elegantes... Com delicadeza, a jovem deslizou a ponta dos dedos pelo retrato, fitando aquele rosto tão sisudo, tão absurdamente querido...

Oh, meu Heathcliff..., murmurou a sonserina, olhos úmidos.Por que não me permite ser a sua Catherine? Eu o amo tanto, tanto!... Não haveria nada nesse mundo ou no outro que pudesse nos separar, nenhum Edgar Linton, nenhum Hindley Earnshaw... nem mesmo a morte!

Procurou alguma resposta no retrato, mas em vão. Aquela fotografia, verdadeiro paradoxo bruxo, nada lhe diria... Porém, o Severus que tinha à sua frente em nada diferia do real, a não ser pelo fato de ser simplesmente uma foto. Era quase como se o senhor de Seu Coração estivesse vivo.

Foi então que uma idéia maluca e, por isso mesmo, irresistível passou furtivamente pela mente da garota. E se...

Raven coçou a cabeça, cogitando se poderia fazer aquilo ou não. O salão estava praticamente vazio, as meninas estavam entretidas demais com a música para reparem nela e não havia nada que ela pudesse perder se o fizesse.... Com o coração aos saltos, mãos meio trêmulas, tirou a varinha de dentro da pequena bolsa de festa que trazia a tiracolo. Apontou para o pôster e conjurou:

- Anima Severus!

Raven mal podia acreditar em seus próprios olhos, achava que não seria capaz de fazer o feitiço... Porém, no mesmo instante a foto tornou-se completamente tridimensional. Era quase como se o próprio Snape estivesse diante dela, não fossem os olhos ligeiramente distantes e vazios. Mas, se lhe era impossível estar nos braços do verdadeiro Senhor de Seu Coração, que fosse nos da cópia, então...

- Hã... Olá, Professor? - disse ela, para "Snape"

O retrato-clone do professor de Defesa contra as Artes das Trevas baixou o rosto, encarando a mocinha com uma expressão um pouco confusa. Ainda tentava se acostumar com sua condição tridimensional. Raven continuava a fita-lo com um sorriso de abobalhada felicidade. Custava a acreditar que, de uma forma ou de outra, tinha Severus à sua disposição.

Aos poucos, os acordes frenéticos de I'll survive foram substituídos por melodia suave... Every breath you take…Every move you make…Every bond you break…Every step you take…I'll be watching you …

Uma outra idéia marota passou pela mente da jovem. Raven olhou para Severus e sorriu. E por que não? Aquele não era um baile de aniversário? Praticamente de debutantes? Ora, então deveria haver mesmo a valsa da aniversariante com seu Príncipe, e, por mais que Raven gostasse de seu amigo ruivo, o seu verdadeiro Príncipe era o Senhor de Seu Coração.

Puxou o retrato-vivo de Snape para atrás do painel comemorativo, e novamente, com um gracioso gesto da varinha, conjurou:

-Mutatis musica!

Os acordes de Every breathe you take foram repentinamente substituídos por uma melodia ainda mais suave. Eram os acordes iniciais de sua valsa favorita, A Valsa do Imperador, de Strauss. O feitiço era uma espécie de filtro, que transformava a música ambiente naquilo que a moreninha realmente desejava ouvir. Algo para ser compartilhado apenas por ela e pelo "Senhor de seu Coração".

Respirando fundo, Raven tomou de leve a mão do Severus-clone.

- Meu amado Príncipe, me daria a honra de valsar comigo? - perguntou ela, sorrindo.

Para Raven, aquilo era mais que a realização indireta de um sonho. Era um mar de felicidade. Impossível controlar a alegria ao sentir-se delicada, porém firmemente guiada por seu esguio e elegante par. A sonserina nem se lembrava de como era lerda para dançar, de como costumava se embaraçar no vestido ou nos pés do cavalheiro; deixava-se levar pela maravilhosa música, pela embriaguez de felicidade e de paixão que lhe invadia. Valsava com os olhos fitos no Senhor de Seu Coração e sentia que o mundo se resumia apenas naquela melodia, naquele momento mais do que mágico; sentia também que, se morresse naquele momento, não teria o mínimo problema; morreria de felicidade nos braços daquele que amava... um prazer e um privilégio...

A valsa terminou, e o Severus-clone se imobilizou, soltando Raven devagar. Mal se podendo se conter de tanta emoção, a jovem deu um passo à frente e aninhou-se nos braços dele, fechando os olhos. Sentia que o feitiço duraria apenas mais alguns momentos, mas seriam suficientes para que ela pudesse, ao menos uma vez, viver o momento pelo qual ela esperava há tantos, tantos anos...

-Severus, eu amo você, murmurou Raven, olhando nos olhos da imagem de Snape. Eu o amo, e hei de amá-lo para o resto de minha vida.

Mudo, o Severus-clone continuava olhando para Raven. Então ela o enlaçou novamente com os olhos marejados de lágrimas, mas fechou-os para não ver o Senhor de Seu Coração dissolver-se, magicamente, por entre seus braços...

Every breath you take…Every move you make…Every bond you break…Every step you take…Ill be watching you ….

A música morreu lentamente, sendo substituída por outro antigo sucesso dançante. A sonserina sorriu melancolicamente, fitando o lugar onde outrora estivera o clone de Snape.

A passos lentos, foi deixando o salão. Lore, Sam, Mina e Heather ainda dançavam. Darien cochilava em uma das mesas, provavelmente esperando para acompanhar a lufana até a porta de sua sala comunal. Cruzando as grossas portas de carvalho, Raven viu de relance, Herman e Luke, andando cambaleantes, escorados um no outro, cantando, enquanto Satanio ia, rindo, atrás.

Continuou o caminho, rumo às Masmorras. Por uma janela entreaberta, viu a Meridiana e Lucien dormindo nos jardins, e, pouco mais além, descalça e cercada de pequenas mariposas fosforecentes, Selune rodopiava sob a luz do luar.

Chegando em seu dormitório, a moreninha entrou pé ante pé. Suzannah e Adhara, com quem agora dividia o quarto, dormiam serenamente o sono dos justos. Naquela noite, a costumeira insônia da Donzela de Gelo a havia abandonado.

Enquanto trocava o vestido de festa pelo confortável pijama de flanela, Raven sorriu, plena de felicidade. Aquela havia sido uma noite inesquecível para ela. Para ela e para todos os seus amados amigos do Expresso Hogwarts.

FIM

por Mina, Lore, Herman, Raven, Meri, Sat e Sam, com pitacos dos demais membros do Expresso.

*Heathcliffe é o personagem principal do livro O Morro dos Ventos Uivantes, escrito pela inglesa Emily Brontë, e já foi adaptado diversas vezes para o cinema. A mais recente versão foi protagonizada por Ralph Fiennes (Voldemort) e Juliet Binoche. Mais detalhes, AQUI

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Extras

Foto Oficial do Baile - Clique para ver ampliada



Trilha Sonora do Baile
Clique nos nomes correspondentes para escutar as músicas

Harry Potter Theme (Tema de Abertura do Baile)
A Valsa das Flores de Tchaykowsky
Dancing Queen
I'll survive
Every Breathe You Take
A Valsa do Imperador de Strauss


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